Hiper-realismo ou fotorrealismo é um estilo de pintura e escultura, que procura mostrar uma abrangência muito grande de detalhes, tornando a obra mais detalhada do que uma fotografia ou do que a própria realidade.
As obras hiper-realistas, por apresentarem uma exatidão de detalhes bastante minuciosa e impessoal, geram um efeito de irrealidade, formando o paradoxo: "É tão perfeito que não pode ser real".
Teve início em 1968, expandindo-se no início dos anos 70, tendo grande popularidade na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Trata-se da retomada do realismo na arte contemporânea, contrariando as direções abertas pelo minialismo e pelas pesquisas formais da arte abstrata. Se pintura e fotografia não se confundem, a imagem fotográfica é um recurso permanente dos "novos realistas", sendo utilizada de diversas maneiras. A foto é usada, antes de tudo, como meio para obter as informações do mundo, pinta-se a partir delas.
O pintor e o escultor trabalham tendo como primeiro registro os movimentos congelados pela câmera, num instante preciso. Se o modelo vivo - pessoa ou cena - sofre permanentemente as interferências do ambiente e está, portanto, sempre em movimento, a imagem registrada pela máquina encontra-se cristalizada, imune a qualquer efeito externo imediato, o que dá a ela um tom de irrealidade.
Os artistas dessa corrente artística utilizavam o recurso da ampliação fotográfica, derivada da Pop Art - movimento iniciado no EUA na década de 60 do século passado que tinha como alvo principal toda cultura de massa. O Hiper-realismo aliou essa técnica ao uso de uma meticulosa iluminação e de reflexos naturais e artificiais, que conferem uma qualidade visual fantástica a imagens cotidianas. O mundo cotidiano retratado pelos hiper-realistas, em geral, refere-se aos aspectos banais, às cenas e atitudes familiares, aos detalhes captados pela observação precisa.
As imagens que vê aqui são do artista Ron Mueck, importante nome da arte hiper-realista.
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