A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia
Sophia (em grego: Άγια Σοφία; transl.: Hagia Sophia, que significa
"Sagrada Sabedoria"; em turco: Ayasofya) é um imponente edifício
construído entre 532 e 537, pelo Império Bizantino, para ser a catedral de
Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia).
Embora ela seja chamada de "Santa Sofia", como se
tivesse sido dedicada em homenagem a Santa Sofia, sophia é a transliteração
fonética em latim da palavra grega para "sabedoria" - o nome completo
da igreja em grego é Ναός τῆς Ἁγίας τοῦ Θεοῦ Σοφίας, "Igreja da Santa
Sabedoria de Deus".
Famosa principalmente por sua enorme cúpula (ou domo), ela é
considerada a epítome da arquitetura bizantina e é tida como tendo "mudado
a história da arquitetura.". Ela foi a maior catedral do mundo por quase
mil anos, até que a Catedral de Sevilha fosse completada em 1520. O edifício
atual foi construído originalmente como uma igreja entre 532 e 537 por ordem do
imperador bizantino Justiniano I e foi a terceira igreja de Santa Sofia a
ocupar o local, as duas anteriores tendo sido destruídas em revoltas civis. Ela
foi projetada pelos cientistas gregos Isidoro de Mileto, um médico, e Antêmio
de Trales, um matemático.
A igreja continha uma grande coleção de relíquias e tinha,
entre outras coisas, uma iconostasis de 15 metros de altura em prata. Ela era a
sede do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla e o ponto central da Igreja
Ortodoxa por quase mil anos. Foi ali que o Cardeal Humberto, em 1054,
excomungou o patriarca Miguel I Cerulário, iniciando o Grande Cisma do Oriente,
que perdura até hoje.
Em 1453, Constantinopla foi conquistada pelo Império Otomano
sob o sultão Mehmed II, que subsequentemente ordenou que o edifício fosse
convertido numa mesquita. Os sinos, o altar, a iconostasis e os vasos sagrados
foram removidos e diversos mosaicos foram cobertos por emplastro. Diversas
características islâmicas - como o mihrab, o minbar e os quatro minaretes -
foram adicionados durante esse período. Ela permaneceu como mesquita até 1931,
quando Kemal Atatürk ordenou que ela fosse secularizada. Ela permaneceu fechada
ao público por quatro anos e reabriu em 1935 já como um museu da recém-criada
República da Turquia. Não obstante, os mosaicos coloridos remanesceram
emplastrados na maior parte, e o edifício deteriorou-se. Uma missão da UNESCO,
em 1993, notou queda do emplastro, revestimentos de mármore sujos, janelas
quebradas, pinturas decorativas danificadas pela umidade e falta de manutenção
na ligação do telhado. Desde então, a limpeza, os telhados e a restauração têm
sido empreendidas. Os excepcionais mosaicos do assoalho e da parede, que
estavam cimentados desde 1453, foram escavados gradualmente.
Por quase 500 anos, a principal mesquita de Istambul, Santa
Sofia serviu como modelo para diversas mesquitas otomanas, principalmente a
chamada Mesquita Azul, que fica em frente a Santa Sofia, a Mesquita Şehzade, a
Mesquita Süleymaniye, a Mesquita de Rüstem Pasha e a Mesquita de Kılıç Ali
Paşa.
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