segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Instruções para atividade 22 da aula 44 "Arte Românica: herdeira de peregrinações e cruzadas"

Depois de formar o grupo e escolher um dos temas, vocês devem separar o material abaixo:
- Cartolina
- Papel cartão
- Canetinhas
- Lápis para desenho (HB)
- Borracha
- Lápis de cor
- Folha de ofício
- Gauche e pincéis.
  • Primeiro, pensem em dois personagens. Elaborem a criação desses com desenho, em tamanho que possam colocar na cartolina.
  • Depois elaborem a fala de cada um, sendo que um deve explicar para o outro algum ponto sobre o tema escolhido (arquitetura, escultura ou pintura românica).
  • Confeccionem um cartaz com esse personagens, colocando a fala de cada um em balões, como os utilizados nas histórias em quadrinhos.
  • Para saber mais sobre a construção de diálogos nos quadrinhos, ou seja, sobre o uso dos balões, clique aqui.

Entendendo melhor o uso dos balões e outros recursos nas histórias em quadrinhos


Balão de Fala/Diálogo
Balão de Fala/Diálogo (um rabicho)


Balão de fala para mais de um personagem
Mais de um personagem falando/balão coletivo/balão uníssono (mais de um rabicho)


Balão de Pensamento

Balão de Pensamento



Balão de Cochicho
Balão de Cochicho



Balão de Grito
Balão de Grito



Obs.: Rabicho é o nome dado a cauda do balão que, normalmente, aponta para a boca do personagem que está falando.
Além dos balões, temos o recordatório, usado na maioria das vezes para exibir as falas do narrador, mostrando algo que não está visível na cena. Por vezes, este ainda pode ser utilizado com o propósito de mostrar o pensamento dos personagens.

Recordatório em histórias em quadrinhos

Recordatório
Recordatório

Existem também as onomatopeias, que são palavras que imitam sons.
Abaixo, seguem alguns exemplos:

Onomatopeia em quadrinhos

Beijo
Beijo


Comer
Comer


Bater na porta
Bater na Porta/Madeira


Cheirar
Chorar ou cheirar


Algo que caiu
Algo que caiu


Boom (algo explodindo)
Explosão/algo explodindo


Splash (espirrando água)
Espirrando água


Pow (batendo em alguém)
Batendo em alguém


A Arte Românica na História!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

As cruzadas na fase Medieval


De 1096 a 1270, expedições foram formadas sob o comando da Igreja, a fim de recuperar Jerusalém (que se encontrava sob domínio dos turcos seldjúcidas) e reunificar o mundo cristão, dividido com a “Cisma do Oriente”. Essas expedições ficaram conhecidas como Cruzadas.


O mundo cristão se encontrava dividido. Por não concordarem com alguns dogmas da Igreja Romana (adoração a santos, cobrança de indulgências, etc.), os católicos do Oriente fundaram a Igreja Ortodoxa. Jerusalém, a Terra Santa, pertencia ao domínio árabe e até o século XI eles permitiram as peregrinações cristãs à Terra Santa. Mas no final do século XI, povos da Ásia Central, os turcos seldjúcidas, tomaram Jerusalém. Convertidos ao islamismo, os seldjúcidas eram bastante intolerantes e proibiram o acesso dos cristãos a Jerusalém.

Em 1095, o papa Urbano II convocou expedições com o intuito de retomar a Terra Sagrada. Os cruzados (como ficaram conhecidos os expedidores) receberam esse nome por carregarem uma grande cruz, principal símbolo do cristianismo, estampada nas vestimentas. Em troca da participação, ganhariam o perdão de seus pecados.

A Igreja não era a única interessada no êxito dessas expedições: a nobreza feudal tinha interesse na conquista de novas terras; cidades mercantilistas como Veneza e Gênova deslumbravam com a possibilidade de ampliar seus negócios até o Oriente e todos estavam interessados nas especiarias orientais, pelo seu alto valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-moscada, canela e outros. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram para o Oriente oito Cruzadas.

A primeira (1096 – 1099) não tinha participação de nenhum rei. Formada por cavaleiros da nobreza, em julho de 1099, tomaram Jerusalém. A segunda (1147 – 1149) fracassou em razão das discordâncias entre seus líderes Luís VII, da França, e Conrado III, do Sacro Império. Em 1189, Jerusalém foi retomada pelo sultão muçulmano Saladino. A terceira cruzada (1189 – 1192), conhecida como ‘”Cruzada dos Reis”, contou com a participação do rei inglês Ricardo Coração de Leão, do rei francês Filipe Augusto e do rei Frederico Barbarruiva, do Sacro Império. Nessa cruzada foi firmado um acordo de paz entre Ricardo e Saladino, autorizando os cristãos a fazerem peregrinações a Jerusalém. A quarta cruzada (1202 – 1204) foi financiada pelos venezianos, interessados nas relações comerciais. A quinta (1217 – 1221), liderada por João de Brienne, fracassou ao ficar isolada pelas enchentes do Rio Nilo, no Egito. A sexta (1228 – 1229) ficou marcada por ter retomado Jerusalém, Belém e Nazaré, cidades invadidas pelos turcos. A sétima (1248 – 1250) foi comandada pelo rei francês Luís IX e pretendia, novamente, tomar Jerusalém, mais uma vez retomada pelos turcos. A oitava (1270) e última cruzada foi um fracasso total. Os cristãos não criaram raízes entre a população local e sucumbiram.

As Cruzadas não conseguiram seus principais objetivos, mas tiveram outras consequências como o enfraquecimento da aristocracia feudal, o fortalecimento do poder real, a expansão do mercado e o enriquecimento do Oriente.
Por Demercino Júnior
Graduado em História

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Arte Cristã: nem tudo é um mistério!

A partir de 313, a expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença. De acordo com as bases fundamentais do Edito de Milão, documento oficial outorgado pelo Imperador Constantino, o cristianismo passava a ser uma religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação, as igrejas cristãs se proliferaram e abriram espaço para um novo campo de expressão para tal arte.

Os primeiros templos cristãos foram visivelmente influenciados pela tradição arquitetônica dos prédios públicos romanos. Uma das maiores manifestações dessa influência é vista na utilização da palavra “basílica” para nomear as igrejas. Antes de tal acontecimento, esse mesmo nome era somente empregado para os prédios que cuidavam da administração do império.

Sendo uma verdadeira homenagem à confissão cristã, essas primeiras igrejas construídas tinham um projeto arquitetônico bastante elaborado. Os recursos financeiros utilizados eram elevados, pois se tinha uma grande preocupação com a solidez da obra construída. Internamente, as primeiras basílicas cristãs eram dotadas de um grande teto segmentado em três grandes abóbodas ogivais apoiadas por ogivas menores que, por sua vez, eram sustentadas por várias colunas.

Em algumas situações, por conta da falta de conhecimento do arquiteto ou pela simples contenção de despesas, algumas igrejas contaram com um projeto menos elaborado. Contudo, vemos que parte considerável dessas igrejas valorizava a concepção de espaços amplos que pudessem se adequar à congregação de vários seguidores do cristianismo. Além disso, as paredes eram ricas em pinturas que faziam referência a passagens bíblicas.

As pinturas que aparecem nessa época assinalam bem o estado de hibridação cultural vivido no mundo romano. Muitas das imagens representadas no interior destas igrejas, que faziam sentido ao culto cristão, também poderiam despertar os sentidos dos seguidores das demais religiões pagãs. A representação de videiras nos arabescos das basílicas que poderia ter origem nos rituais dionisíacos, agora, no contexto cristão, fazia referência ao sagrado ritual eucarístico.

Além dessa fusão, percebemos que a liberação do culto propiciou a inauguração de uma série de novos elementos que integraram a iconografia cristã. Como exemplo, podemos citar uma interessante imagem presente na Igreja de Santa Constanza. Em tal construção, podemos apreciar a imagem do Cristo em um cenário paradisíaco entregando as leis nas mãos dos apóstolos Pedro e Paulo.

Ainda durante o século IV, temos que ainda destacar as ações tomadas pelo Imperador Teodósio. Por meio dos poderes a ele concedidos, este governante romano, no ano de 391, elevou o cristianismo à condição de religião oficial de todo o Império Romano. Dessa forma, podemos compreender por quais razões a pintura e a arquitetura cristã se desenvolveram tanto nesse espaço de tempo.

Fonte: Brasil Escola